Lançamento de ETF tecnológico na B3 foca em Mercado Livre, Magalu e Inter

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Investidores que se interessam pelo setor de tecnologia terão mais uma opção em breve. A B3 deve ganhar um ETF (fundo negociado em bolsa) composto por empresas do segmento com sede no Brasil ou parte relevante de seus negócios no País.

O Índice de Ações tech Brasil ETF Fundo de Índice será negociado com o código TECB11 e está atualmente em fase de reservas. As cotas serão negociadas por R$ 10, e o investimento mínimo nessa fase é de dez cotas por R$ 100. Ele entra em negociação pública no dia 4 de outubro.

O fundo tem gestão da Magnetis e taxa de administração de 0,6% ao ano. Ele se baseia no Índice de Ações tech Brasil, da Teva Índices.

Este índice seleciona empresas dos setores de desenvolvimento de sistemas de intermediação financeira e serviços digitais, e-commerce (ou varejistas com ao menos 50% da receita vindo de vendas digitais), software, hardware e dados.

Elas são filtradas pelos seguintes critérios:

  • valor de mercado acima de R$ 500 milhões;
  • volume mensal de negociações acima de R$ 100 milhões para empresas listadas na B3 e R$ 10 milhões para companhias com BDRs na B3;
  • 4% de capitalização de mercado disponível para negociação (free float);
  • sede no Brasil ou parte relevante dos negócios no País;
  • não estar em recuperação judicial e estar em dia com pagamentos e obrigações.

Os investimentos do fundo são distribuídos de acordo com a capitalização de mercado disponível para negociação de cada empresa, com limite de 20%.

Mercado de tecnologia na B3 ainda é pequeno

Um dos grandes motivos para investir por meio de ETFs é conseguir diversificar os investimentos entre um grande número de empresas. O TECB11, porém, esbarra na falta de opções dentro da B3.

Interior da B3, a bolsa de valores de São Paulo (Imagem: Divulgação/B3)

A carteira do ETF tem apenas 23 empresas, sendo que cinco delas correspondem a quase 80% dos investimentos. Índices estrangeiros semelhantes passam facilmente das 100 empresas.

As cinco maiores empresas na carteira do fundo são:

  • Stone – 20%
  • Mercado Livre – 20%
  • PagSeguro – 15,1%
  • Magazine Luiza – 14,7%
  • Banco Inter – 10,1%

É interessante notar que as três maiores empresas na carteira do fundo optaram por abrir seu capital fora da B3: Stone e Mercado Livre são negociadas na Nasdaq, enquanto o PagSeguro está listado na NYSE. Elas estão disponíveis na bolsa brasileira por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts, que são recibos de ações negociadas em outras bolsas).

O material publicitário do fundo, porém, ressalta que o setor deve ter grandes IPOs em algum momento no futuro, casos de Nubank e iFood.

A indústria de ETFs no Brasil vem crescendo nos últimos dois anos e até ganhou um portal da B3 dedicado ao assunto. O setor de tecnologia é um dos queridinhos desse ramo dos investimentos. O TECB11 fará companhia para ativos de XP, Itaú e Investo.

Enquanto o novo fundo se concentra no Brasil, seus concorrentes buscam dar opções para investimento em mercados internacionais.

  • O NASD11, da XP, investe nas 100 maiores empresas de tecnologia listadas na Nasdaq e tem taxa de administração total de 0,5% ao ano.
  • O TECK11, do Itaú, investe nas empresas conhecidas como FAANG — Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google — e em mais cinco companhias de tecnologia, com rotatividade trimestral; a taxa de administração é de 0,25% ao ano.
  • O USTK11, da Investo, aplica seus recursos em mais de 300 empresas americanas do setor de tecnologia da informação, como Apple, Microsoft, Adobe e Intel, com taxa de administração total de 0,74% ao ano.

Com informações: Magnetis, B3

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Uma Nova Era para os ETFs de Tecnologia no Brasil

A introdução de um ETF focado em empresas de tecnologia no Brasil reflete a crescente demanda por investimentos em inovações e digitalização. O TECB11 é uma resposta a um mercado que tem mostrado sinais de amadurecimento nos últimos anos. No entanto, ainda existem desafios a serem superados. Por exemplo, a concentração em poucas empresas pode ser uma preocupação para investidores que buscam diversificação.

Um aspecto positivo a se considerar é que, mesmo com a limitação atual, o mercado brasileiro de tecnologia está se expandindo. Muitas startups e empresas emergentes têm se destacado, e o cenário promete se modificar com a entrada de novos players. Investir em um ETF como o TECB11 pode permitir que os investidores se posicionem na linha de frente dessa mudança.

Além disso, o aumento do comércio eletrônico e das soluções digitais tem impulsionado o mercado como um todo. Espera-se que mais empresas se integrem a esse índice no futuro, especialmente à medida que as condições de mercado se tornam mais favoráveis. Assim, a expectativa de novos IPOs, como por exemplo o do iFood, pode gerar novas oportunidades de investimento que beneficiarão o TECB11.

Outro ponto a ser considerado é a diferenciação entre ETFs nacionais e internacionais. A possibilidade de se expor a empresas como Apple e Amazon por meio de ETFs como o TECK11 ou o USTK11 pode ser atraente. Contudo, o TECB11 permite investir em empresas que conhecem o mercado brasileiro, que podem ter estratégias mais assertivas para esse público específico.

Os benefícios fiscais e as características locais dos negócios podem também oferecer vantagens competitivas a longo prazo, o que pode atrair investidores mais cautelosos que buscam resultados sustentáveis. Assim, o TECB11 representa uma construção financeira que, apesar das limitações, carrega o potencial de crescimento desejado por muitos.

Então, será que o TECB11 será o catalisador que fortalecerá o mercado de tecnologia na B3? Somente o tempo dirá, mas o fato é que os investidores estão de olho nesse novo ativo financeiro que promete movimentar a bolsa de valores brasileira.

O Que Esperar do Futuro dos ETFs em Tecnologia

Com o avanço da tecnologia e a digitalização dos negócios, mais ações estão sendo listadas e disponíveis para negociação. O aumento da competição entre ETFs também estimulará a inovação no setor financeiro. A pluralidade de ofertas pode beneficiar o investidor, que terá mais opções e poderá escolher aquelas que melhor se alinhem aos seus objetivos.

A movimentação do TECB11 em suas primeiras semanas será crucial para entender como o mercado reagirá ao novo fundo. A performance das ações incluídas no índice e as notícias sobre possíveis IPOs de novas empresas podem contribuir para a valorização das cotas.

Além disso, as condições econômicas e políticas do Brasil terão um impacto significativo. Fatores como taxa de juros, inflação e o cenário global de investimentos também desempenharão papéis importantes nas decisões dos investidores. Assim, a análise detalhada desses elementos será fundamental para quem desejar investir no TECB11.

A interação com outras classes de ativos e a diversificação da carteira também devem ser consideradas. O TECB11 pode funcionar como uma ferramenta valiosa dentro de uma estratégia mais ampla de investimentos, ajudando a equilibrar risco e retorno em diferentes segmentos do mercado.

Os investidores devem também observar a transparência e a comunicação da gestão do fundo. Manter-se informado sobre a evolução das empresas incluídas no índice e as novidades em relação à gestão dos ativos é essencial para maximizing os resultados.

O crescimento do setor de tecnologia é um fenômeno global e, ao focar em ações locais, o TECB11 pode promover uma nova perspectiva sobre o que significa investir em tecnologia no Brasil. Assim, ao proporcionar uma alternativa de investimento tangível para aqueles que desejam se beneficiar desse crescimento, o TECB11 pode ser uma adição valiosa à sua carteira.

Perguntas Frequentes sobre o TECB11 e os ETFs de Tecnologia

  • O que é o TECB11? É um ETF que investe em empresas de tecnologia com atuação no Brasil, negociado na B3.
  • Qual a taxa de administração do TECB11? A taxa de administração é de 0,6% ao ano.
  • Quando o TECB11 inicia suas negociações? As cotas começarão a ser negociadas publicamente a partir de 4 de outubro.
  • Quais empresas estão entre as principais no TECB11? Stone, Mercado Livre, PagSeguro, Magazine Luiza e Banco Inter.
  • O que são BDRs? BDRs são recibos de ações negociadas em outras bolsas, permitindo que investidores brasileiros acessem empresas estrangeiras.
  • Quais são os critérios de inclusão de empresas no índice? As empresas devem ter valor de mercado acima de R$ 500 milhões, entre outros critérios como volume de negociação e status regulatório.
  • O TECB11 é uma boa opção para diversificação? Sim, ele permite diversificação ao investir em várias empresas de tecnologia de uma vez.
  • Quais outros ETFs relacionados à tecnologia existem no Brasil? NASD11, TECK11 e USTK11 são exemplos de outros ETFs que focam em tecnologia.

O Futuro da Tecnologia e os Investimentos no Brasil

O potencial de crescimento do setor de tecnologia no Brasil, aliado ao lançamento do TECB11, representa uma oportunidade singular para investidores. O incremento na digitalização e inovação no país cria um campo fértil para novos negócios e investimentos. Assim, acompanhar o desempenho desse novo ETF e as mudanças que ocorrerão na B3 será fundamental para aqueles que desejam se posicionar no mercado financeiro.

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